10/11/2014

Momento poético #2

Versos da Morte


Um enviado da Morte (assim parecia) me trouxe um despertar sombrio hoje pela manhã, quando os versos abaixo foram declamados em minha mente:

Ó jumento,
acabe com esse sono,
pois o sofrimento
não admite dono

Ele é um momento
de toda a humanidade
Um monumento
à vossa mediocridade

Esqueça o iludido,
aquele que lhe diz,
até mesmo fodido,
'Como sou feliz!'

Pelas garras da remida,
todos padecerão
Ela se chama Vida
e age sem perdão

Não importa se você
é Hemingway ou Cobain,
Dumont ou Ariclê
ou só um joão-ninguém

Um dia me desejará
com ardorosos olhos
E logo encherá
de chumbo seus miolos

A vida é linda... (gargalhada estrondosa)
Um viva à Criação,
maravilha vinda
da mente do Cão

Não entendi por que ela mandou me dizerem isso...

2 comentários:

  1. Acorda para sofrer.
    Não creias naqueles que proclamam felicidades contínua e incondicional.
    O expediente vital precisa ser encerrado em todas as castas.
    Muitos anteciparão o término.
    Quando as ilusões dos prazeres derem lugar as ilusórias insatisfações.
    Ora plana, ora pesa, eis a vida, que não seria vida se não houvesse a morte.
    (+ ou - Isso?)
    Parabéns Sérgio! Belo e reflexivo poema.

    Marco Antonio Rodrigues.

    ResponderExcluir
  2. Olá, Marco. Independentemente de despertar interpretações boas ou ruins, versos são sempre positivos quando fazem brotar reflexões. Obrigado por deixar a sua. Um grande abraço!

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
abcs